Tensão entre Índia e Paquistão cresce com bombardeios e acusações de terrorismo
A escalada de hostilidades ocorre após um atentado terrorista que deixou 26 mortos, elevando as tensões em uma região marcada por conflitos históricos. Tanto o governo indiano quanto o paquistanês trocam acusações, enquanto a possibilidade de uma guerra nuclear se torna uma preocupação crescente.
Tensão crescente entre Índia e Paquistão escalou nesta terça-feira, 6, com bombardeios aéreos indianos em solo paquistanês, em represália ao atentado que deixou 26 mortos em abril na Caxemira.
O governo indiano anunciou a "Operação Sindoor", atingindo nove alvos no Paquistão relacionados à infraestrutura terrorista. As explosões foram ouvidas perto de Muzaffarabad, aumentando as tensões entre os dois países, que já enfrentaram várias guerras pela região.
O ataque indiano ocorreu após o atentado em Pahalgam, onde um grupo terrorista matou 26 indianos e um nepalês. A Índia acusou o Paquistão de cumplicidade e afirmou que as ações foram direcionadas a alvos específicos, sem afetar instalações militares paquistanesas. O Exército indiano declarou: "Justiça foi feita".
No entanto, o Paquistão refutou as acusações e negou envolvimento no ataque. A Índia manteve a afirmação de que os terroristas agiram a partir do Paquistão. Após os bombardeios, o Paquistão disparou tiros de artilharia contra áreas indianas, resultando na morte de pelo menos três civis paquistaneses.
A troca de disparos se concentrou nas regiões de Bhimber Gali e Poonch-Rajauri, com o Exército indiano respondendo de forma calibrada. O tenente-general paquistanês Ahmed Chaudhry disse que as forças paquistanesas também responderiam em momento oportuno, indicando que o conflito persiste.
A Caxemira continua a ser um ponto de discórdia desde a independência da Índia e do Paquistão em 1947. Com ambas as nações possuindo armas nucleares, qualquer escalada no conflito é potencialmente catastrófica. A Índia busca evitar uma maior escalada, mas as operações militares mantêm a tensão.
O ciclo de violência atual poderá ter consequências imprevisíveis para a região do subcontinente asiático, com civis e forças armadas pagando o preço de um impasse político de décadas. A crise na Caxemira reforça o risco de nova guerra entre Índia e Paquistão.