Terremoto em Mianmar: número de mortos sobe para 1,6 mil

Terremoto em Mianmar: O governo militar confirmou que o número de mortos após o terremoto de magnitude 7,7 subiu para 1.644, com 3.408 feridos e 139 desaparecidos.

O tremor ocorreu na sexta-feira (28) próximo à cidade de Mandalay. Seguiu-se a ele tremores secundários, incluindo um de magnitude 6,4.

O terremoto causou o colapso de edifícios, destruição de estradas, colapso de pontes e rompimento de uma barragem. As operações de resgate são complicadas devido a danos nos aeroportos, dificultando a chegada de ajuda internacional.

Mianmar enfrenta uma grave crise humanitária causada por uma longa guerra civil, complicando ainda mais os esforços de socorro. Em Naypyidaw, a capital, serviços de eletricidade, telefone e internet estão fora do ar.

Na Tailândia, o terremoto foi sentido em Bangcoc, resultando em 10 mortes e 78 desaparecidos após o desabamento de um prédio.

Terremotos são raros em Bangcoc, mas comuns em Mianmar, que está situado sobre a Falha de Sagaing. Segundo um sismólogo, os grandes terremotos em áreas populosas podem ter consequências desastrosas.

O governo de Mianmar procura doações de sangue e está disposto a aceitar ajuda internacional, após resistência anterior a assistências externas.

Enquanto isto, o exército continua suas operações, mesmo após o terremoto, levando a um aumento dos conflitos na região. Segundo a ONU, mais de 3 milhões foram deslocados e quase 20 milhões necessitam de assistência.

Ajuda internacional já está sendo enviada: a China enviou 135 especialistas, a Rússia 120 socorristas, além de apoio da Índia e Coreia do Sul.

Imagens de satélite mostram que a torre de controle do Aeroporto Internacional de Naypyidaw desabou, afetando o tráfego aéreo na capital.