Tesla: ações viram para alta mesmo após queda de vendas, mas caem forte desde eleição

Vendas de veículos da Tesla caem 13% no último trimestre, alcançando níveis de quase três anos atrás. A montadora enfrenta desafios na reformulação de seu modelo principal e a reação internacional contra Elon Musk.

As ações da Tesla caíram até 6,4% no início das negociações, mas recuperaram cerca de 2% às 12h25 (horário de Brasília). Desde o pico após a vitória de Trump, as ações já caíram 44%.

As manifestações contra Musk aumentaram em resposta a seus comentários políticos em apoio a candidatos da extrema direita. Ele sugeriu a saída dos EUA da OTAN e falou sobre a eleição na Alemanha.

A empresa enfrenta desafios significativos, com entregas de veículos caindo para 323.800 no primeiro trimestre, uma queda de 12% em relação ao ano anterior. Durante o mesmo período, as vendas na Europa despencaram 43%, enquanto a indústria de veículos elétricos cresceu 31%.

As vendas de outros modelos, incluindo Cybertruck, Model S e Model X, caíram 24%, totalizando 12.881 unidades. O Cybertruck vendeu 46.000 unidades nos primeiros 15 meses no mercado dos EUA.

O movimento de protesto Tesla Takedown está organizando manifestações e incentivando a venda de veículos Tesla. O controlador de Nova York, Brad Lander, criticou Musk por sua falta de atenção à empresa, alegando prejuízos aos acionistas.

Musk admitiu dificuldades em gerenciar seus negócios e o trabalho em Washington. No entanto, ele destacou um futuro promissor para a Tesla durante uma reunião, incentivando a equipe a manter suas ações.

Os executivos da Tesla apostam no futuro da empresa em inteligência artificial e robótica, com planos de lançar um serviço de robotáxi em Austin em junho e novos modelos mais acessíveis no primeiro semestre do ano.