Tesouro Direto: após susto com tarifaço, taxas voltam a cair; compro qual título?
Os títulos públicos apresentam queda nas taxas de juros, refletindo preocupações com a desaceleração econômica. Analistas indicam que essa situação pode favorecer ativos pós-fixados e títulos atrelados à inflação para os investidores.
Os títulos públicos começam a semana pagando menos ao investidor.
Nesta segunda-feira (14), os juros dos papéis prefixados estavam abaixo de 14%, patamar geralmente observado nos últimos meses.
Os investidores estão analisando a queda do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em maio, que ficou abaixo das previsões do mercado.
Este dado é visto como uma prévia do PIB do Brasil e sugere uma desaceleração econômica, possivelmente abrindo caminho para a flexibilização monetária do BC.
O relatório Focus indica um leve ajuste na projeção do IPCA de 2025, passando de 5,18% para 5,17%.
No cenário externo, as tarifas impostas por Donald Trump nas últimas semanas geram preocupação, especialmente após a reação negativa do mercado à tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
O mercado está atento aos desdobramentos na inflação, que pode aumentar devido à pressão nos preços de insumos, café e aço.
Depois de reduzir a aposta de corte da Selic, uma nova alta não é descartada se o câmbio disparar e a inflação se mantiver alta.
Segundo Anderson Kuntzler, planejador financeiro, a atual situação indica que “faz mais sentido buscar ativos pós-fixados para proteger o investidor”.
Desempenho dos Títulos Prefixados:
- 2028: 13,55% (alta em relação aos 13,39% anteriores)
- 2032: 13,76% (alta em relação aos 13,60% anteriores)
- 2035: 13,84% (alta em relação aos 13,71% anteriores)
Títulos Indexados à Inflação (Tesouro IPCA+):
- 2029: 7,72% (alta em relação aos 7,61% anteriores)
Estas informações são do desempenho do Tesouro Direto nesta segunda-feira (14).