Tesouro Direto: títulos têm dia de volatilidade com tarifas de Trump e Focus no radar
Mercados reagem a tarifas de Trump com volatilidade, ampliando as expectativas de estagflação nos EUA. Os ativos enfrentam quedas, enquanto juros e títulos atrelados à inflação tornam-se mais atrativos para investidores.
Semana agitada para os investidores começa nesta segunda-feira (7) com reações negativas às tarifas de Donald Trump.
O Boletim Focus, do Banco Central, mantém a mesma projeção de inflação da semana passada.
No meio da manhã, uma informação sobre a possibilidade de pausas nas tarifas trouxe leve alívio, mas foi rapidamente descartada pela Casa Branca.
A expectativa de que a inflação será persistente agora domina, tornando a renda fixa americana mais atrativa.
O mercado já considera a probabilidade de estagflação nos EUA, resultando em queda dos ativos. Mesmo com a expectativa de quedas agressivas nos juros pelo Fed, os ativos desabaram.
Por volta das 13h, os juros dos papéis atrelados à inflação de curto prazo, com vencimento em 2029, caíam de 7,70% para 7,67%. Enquanto o papel de longo prazo, com vencimento em 2050, aumentava de 7,07% para 7,13%.
Os papéis mais longos apresentam maior risco, exigindo cautela dos investidores. Apesar disso, títulos atrelados à inflação são preferidos para proteger contra a alta de preços.
Nos títulos prefixados, a tendência também é de queda. O título mais curto, para 2028, voltou a 13%, abaixo da taxa básica de juros de 14,25%.
Analistas recomendam cautela na contratação de novos investimentos neste cenário.
Lembrando que as taxas e preços dos títulos são inversamente proporcionais. Taxas mais altas significam preços menores, resultando em perda temporária para os investidores atuais.
Desempenho do Tesouro Direto nesta segunda-feira (7): permanece sob análise no cenário volátil.