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Tesouro registra superavit de R$ 20 bi em 12 meses, diz Ceron

Secretário destaca superavit primário de quase R$ 20 bilhões como reflexo da política fiscal contracionista. Especialistas questionam eficácia das medidas propostas para enfrentar os desafios fiscais do país.

Superávit primário do governo central atinge quase R$ 20 bilhões nos últimos 12 meses, segundo Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional. A informação foi divulgada em entrevista ao Valor em 24 de junho de 2025.

Os dados completos serão revelados em 26 de junho. O superávit deste ano é R$ 60 bilhões superior ao de 2024, como apontado por Ceron.

O resultado positivo é atribuído à política fiscal contracionista do governo. Ceron afirmou: “Ela está extremamente contracionista.”

As despesas, em termos reais, caíram 3% em comparação a 2024, mesmo com um pacote de medidas enviado ao Congresso. As propostas, mesmo if modificadas, visam cumprir a meta fiscal de 2025 e ajudar no Orçamento de 2026.

Alguns especialistas questionam a eficácia das medidas, especialmente em relação ao controle das despesas obrigatórias.

Ceron acredita que não são necessárias grandes reformas para manter o arcabouço fiscal após 2027, enfatizando um ajuste gradual.

Ele expressou confiança na aceitação do Congresso às propostas, apesar de recentes derrotas do Executivo: “Há uma compreensão generalizada de apoio ao processo de consolidação fiscal.”

Uma das principais medidas propostas é o fim das isenções do IR para títulos do agronegócio, construção civil e infraestrutura, para controlar o crescimento da dívida pública.

Ceron concluiu: “Não é um debate só do custo de rolagem do Tesouro. Todo mundo está captando a um custo maior do que antes.”

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