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Tether foca em outros mercados enquanto EUA buscam regular stablecoins

Tether reafirma seu foco em mercados internacionais, mesmo com avanços regulatórios nos EUA. Executivos destacam a importância das stablecoins em atender as necessidades financeiras de usuários não bancarizados globalmente.

Estudos do Congresso dos EUA sobre a integração das stablecoins ao sistema financeiro tradicional avançam com o Genius Act, mas a Tether, maior emissora de stablecoins, foca em mercados fora dos EUA.

No dia 19, o Genius Act foi aprovado no Senado, enquanto a Câmara já aprovou sua proposta, aguardando votação em plenário. O CEO da Tether, Paolo Ardoino, expressou que a empresa continuará priorizando o mercado fora dos EUA.

A Tether, com sede em El Salvador, controla mais de 60% do mercado de stablecoins e possui aproximadamente 420 milhões de usuários, particularmente em mercados emergentes. A empresa tem experiências controversas com reguladores dos EUA, mas recentemente se aproximou do setor americano devido a uma administração mais favorável às criptomoedas.

Os projetos de lei exigem que as stablecoins sejam lastreadas por ativos seguros e sujeitem os emissores à Lei de Sigilo Bancário e a normas de prevenção à lavagem de dinheiro. Reguladores poderão aprovar emissores estrangeiros com regras equivalentes em seus países.

A Tether, embora não atenda clientes americanos diretamente, já possui reservas que podem estar em conformidade com a nova legislação. No entanto, a empresa utiliza ativos como bitcoin e empréstimos garantidos, que podem não ser aceitos sob as novas regras.

Após um processo com autoridades dos EUA em 2021 por informações falsas sobre suas reservas, a Tether agora contrata a Cantor Fitzgerald para gerenciar suas reservas. Ardoino mencionou a possibilidade de lançar uma nova stablecoin em conformidade com a legislação, para atrair investidores institucionais.

A empresa também planeja realizar uma auditoria completa de suas reservas, atualmente atendida por atestados trimestrais da BDO Itália. A Tether considera a auditoria uma prioridade, frisou Ardoino.

As stablecoins, essenciais nos mercados de criptoativos, têm cerca de US$ 243 bilhões em circulação. Recentemente, um consórcio de grandes bancos, com nomes como JPMorgan Chase e Citi, estuda lançar uma stablecoin conjunta.

Ardoino comentou que a Tether não teme a concorrência dos grandes bancos, pois seu foco é atender as 3 bilhões de pessoas não bancarizadas que necessitam de acesso ao sistema financeiro tradicional.

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