The Economist classifica de 'chocante agressão' a tentativa de Trump de interferir no Brasil com tarifaço
A Economist critica a intervenção dos EUA nos assuntos internos do Brasil e avalia que a medida pode favorecer a imagem de Lula entre os eleitores. A reportagem destaca ainda o impacto econômico limitado, mas preocupante para setores alinhados a Bolsonaro.
Reportagem da The Economist classifica tarifação de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA como uma "chocante agressão" de Trump.
Essa ação é vista como uma das maiores tentativas de intervenção dos EUA em assuntos internos da América Latina desde a Guerra Fria.
A revista destaca que, na carta ao presidente Lula, Trump menciona uma "caça às bruxas" em relação ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e exige que o processo pare IMEDIATAMENTE.
Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF) deixaram claro que o Brasil não aceitará ordens de países estrangeiros sobre assuntos internos.
A Economist observa que a resposta de Lula a tantas ameaças melhorou sua popularidade, e analistas acreditam que ele terá uma justificativa para eventuais dificuldades econômicas em 2026, ano de sua possível reeleição.
Além disso, a revista condena ações do governo Trump, como a suspensão de vistos de ministros do STF e investigações comerciais que afetam até o Pix.
Estimativas indicam que o tarifaço pode ter um impacto de 0,4% no PIB brasileiro, já que apenas 13% das exportações vão para os EUA, com efeitos significativos no agronegócio, próximo ao bolsonarismo.