The Economist: De Apple à Starbucks, o sonho das empresas ocidentais na China está morrendo
Enquanto 90% das empresas estrangeiras relatam satisfação com a China, a realidade aponta para descontentamento crescente e desafios econômicos. Executivos desabafam sobre reduções de vendas e a crescente concorrência local, refletindo um mercado em transformação.
Empresas estrangeiras na China enfrentam desafios crescentes. O Conselho para a Promoção do Comércio Internacional da China afirma que 90% das empresas estrangeiras estão satisfeitas com sua experiência no país. Contudo, muitos executivos indicam que têm dificuldades para justificar novos investimentos.
A pesquisa da Câmara Americana de Comércio em Xangai revela que menos da metade dos executados está otimista sobre as perspectivas de longo prazo, com a General Motors anunciando cortes em joint ventures e fechamento de fábricas.
As vendas de empresas americanas e europeias na China chegaram a US$ 670 bilhões em 2021, mas caíram para US$ 650 bilhões no ano passado, com quase metade das empresas relatando queda nas vendas.
O cenário econômico da China é complicado por uma crise imobiliária e uma política monetária “moderadamente frouxa”. Apesar de promessas do governo, a pressão deflacionária afeta a lucratividade das empresas, levando a 27% das industriais a registrar prejuízos.
Rivais chineses estão se destacando; por exemplo, a Starbucks enfrenta concorrência acirrada da Luckin Coffee. Além disso, as empresas ocidentais perdem a vantagem tecnológica, com fabricantes chineses dominando cada vez mais o mercado.
As tensões geopolíticas também complicam a situação, com os EUA implementando restrições à venda de ferramentas de fabricação de chips e a China respondendo com investigações, como a da Nvidia. Comercializações em setores sensíveis estão se tornando arriscadas para empresas internacionais.
A luta geopolítica pode aprofundar ainda mais os desafios para empresas americanas na China. Os problemas estão longe de serem resolvidos.