Thomas Bach leva o ouro na eleição do COI
Kirsty Coventry se torna a primeira mulher e africana a liderar o COI, cumprindo uma missão histórica em meio a controvérsias eleitorais. A escolha ocorre sob a sombra de regras rigorosas que limitaram a competição e levantaram questões sobre a verdadeira autonomia do processo.
Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), completou um ciclo de sucesso ao deixar um legado significativo com a Agenda 2020, que reformulou o sistema de candidaturas olímpicas. Mesmo após sua reeleição em 2021, ele renovou contratos de patrocínio e agora apresenta sua sucessora.
A escolhida é Kirsty Coventry, ex-nadadora e ex-ministra dos Esportes de Zimbabwe. Bach a indicou por ser a candidata forte para vencer Lord Sebastian Coe, seu rival político. Coventry possui 7 medalhas olímpicas, incluindo dois ouros e três pratas.
Apesar de suas conquistas, Coventry só chegou à presidência do COI por meio de estratégias eleitorais controladas por Bach. As regras de campanha eram rigorosas, limitando o uso de publicidade, agências de comunicação, e viagens aos países dos eleitores potenciais.
A eleição de Coventry, a primeira mulher e o primeiro africano a ocupar a presidência do COI, simboliza uma inovação, mas ocorre em um cenário de controle total. Embora o resultado pareça uma grande conquista feminina, o ambiente político do esporte revela uma continuidade nas estruturas de poder.
Bach é reconhecido como um excelente presidente, mas sua interferência na eleição de sua sucessora levanta questões sobre a real liberdade e igualdade de oportunidades, especialmente no que se refere às mulheres no esporte.