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Títulos mais arriscados do mundo atraem investidores com turbulência tarifária

Investidores começam a reforçar portfólios com títulos de alto rendimento, apostando em uma recuperação nos mercados emergentes. Essa estratégia surge em meio a preocupações com calotes, mas com a crença na resiliência dos fundamentos econômicos em algumas nações.

Investidores estão voltando a investir em títulos de mercados emergentes, aproveitando papéis públicos de alto rendimento que se tornaram baratos devido à volatilidade das tarifas.

Gestoras como Ninety One UK Ltd., Vontobel Asset Management e TCW Group Inc. afirmam que os preços caíram a níveis que justificam o risco de calotes soberanos.

Em abril, o rendimento extra para títulos de alto risco em dólar subiu 37 pontos-base, alcançando 634 pontos-base. Os CDSs (swaps de crédito) apresentaram deterioração limitada.

Carlos de Sousa, da Vontobel, comprou notas da Costa do Marfim e do Benim, mostrando confiança na resiliência de alguns países vulneráveis.

Uma pesquisa do J.P. Morgan durante as reuniões do FMI destacou o apetite por oportunidades de maior rendimento.

Investimento limitado, mas crescente: em 2024, algumas notas tiveram ganhos de três dígitos, mas neste ano os investidores buscam realizar lucros. Um indicador da Bloomberg subiu 1,2% até agora, enquanto títulos com grau de investimento subiram duas vezes mais.

Declarações do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sinalizaram que o governo Trump tentará influenciar instituições como o FMI, dissipando temores sobre retirada de apoio.

Thys Louw, da Ninety One, destacou o papel dos credores bilaterais e afirmou que o apoio às nações em desenvolvimento permanece.

Gestores do fundo TCW Emerging Markets Income, de US$ 3,5 bilhões, acreditam que há uma supervalorização do risco de inadimplência em certos segmentos.

O fundo de hedge Frontier Road Limited vê oportunidades em países como Egito e Nigéria, onde os spreads aumentaram com a incerteza tarifária.

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