'Tive parada cardíaca e quase fiquei cega após esteticista me aplicar botox falso'
Kaylie Bailey quase perdeu a vida após uma aplicação de botox não regulamentada por uma esteticista. O caso levanta preocupações sobre a segurança dos tratamentos estéticos e a necessidade de regulamentação no setor.
Kaylie Bailey, mãe de três filhos, sofreu complicações graves após tratamento estético com botox. O procedimento, realizado na Inglaterra, resultou em dificuldade de visão e hospitalização por botulismo, uma doença rara que pode ser fatal.
A esteticista Gemma Gray, que administrou o tratamento, usou uma toxina botulínica ilegal. Bailey foi uma das 28 pessoas afetadas no nordeste da Inglaterra, com relatos de envenenamento tóxico após injeções para reduzir rugas.
Após seu diagnóstico, Bailey passou três dias na UTI e foi reanimada após uma parada cardiorrespiratória. Ela recebeu alta usando um tapa-olho e busca justiça contra Gray, que afirmou que o problema era "nacional", mas não apresentou evidências.
Outra vítima, Paula Harrison, também teve reações adversas e ficou internada por quatro dias após tratamento no mesmo salão. Ambas criticaram a irresponsabilidade de Gray.
A Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido investiga o caso, enquanto o governo pressiona por regulamentações mais rigorosas no setor de estética. Uma orientação foi emitida, recomendando que pessoas pesquisem sobre os profissionais e produtos antes de se submeterem a esses tratamentos.
No Brasil, somente profissionais de saúde com formação específica podem aplicar botox. A Anvisa alerta sobre riscos e recomenda cuidados rigorosos com a aplicação da toxina botulínica.
Sintomas de botulismo incluem:
- Visão borrada
- Pálpebras caídas
- Dificuldade para engolir e respirar
Casos graves podem levar à morte. A consulta médica imediata é aconselhada em situações suspeitas.