‘Todas as vozes devem ser ouvidas’, afirma cardeal da Amazônia que está no conclave
Dom Leonardo Ulrich Steiner participa do conclave para a escolha do próximo papa e destaca a importância da misericórdia. Ele defende que as vozes divergentes dentro da Igreja devem ser ouvidas para fortalecer o diálogo e a sinodalidade.
Dom Leonardo Ulrich Steiner, cardeal arcebispo de Manaus, participa do funeral do papa Francisco e da escolha de seu sucessor.
Ele afirma ser difícil definir o perfil do próximo papa, já que a Igreja é moldada pelas necessidades da sociedade. “O bispo de Roma acaba sendo moldado”, diz ele.
Dom Leonardo, que é franciscano, considera a experiência do conclave inigualável, e descarta a possibilidade de ser o escolhido. Sobre as propostas de abertura da Igreja, ele alerta que os debates continuarão.
O cardeal destaca a importância do Sínodo da Amazônia e da atenção do papa à crise climática, além de acenos à população LGBTQIA+.
- Legado do papa Francisco: Misericórdia e atenção aos pobres.
- Impacto da “Laudato Si”: Mudança na percepção ambiental e relação com os pobres.
- Posição sobre Acordo de Paris: Crítica à visão econômica que ignora os mais necessitados.
Ele reafirma que os pobres sempre ocuparão um lugar central na Igreja e que a participação leiga tem aumentado, especialmente na Amazônia.
Dom Leonardo teve um contato especial com o papa durante a pandemia, que serve como exemplo de solidariedade. Ele sente que o Sínodo trouxe frutos positivos, como maior inclusão dos indígenas e debates sobre a ordenação de homens casados e mulheres.
Ele defende que todas as vozes, inclusive as opositoras às novas propostas de Francisco, devem ser ouvidas. A esperança é um ponto central do seu discurso, e ele destaca a importância do bom humor do papa.
Preparação para o conclave: Dom Leonardo se sente preparado pela experiência. Ele salienta que o novo papa deve ter uma compreensão ampla da Igreja global.