Toffoli autoriza que ressarcimento a vítimas de fraude no INSS fique fora do arcabouço fiscal
Ministro autoriza ressarcimento de R$ 2,1 bilhões a aposentados sem impactar arcabouço fiscal. A medida visa evitar a judicialização e proteger os interesses dos beneficiários.
Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o governo a não contabilizar no arcabouço fiscal os valores para ressarcir as vítimas de descontos indevidos no INSS.
A decisão permite os pagamentos a mais de 3 milhões de aposentados, estimados em R$ 2,1 bilhões, a partir de 24 de julho, em três lotes.
Toffoli justifica que os valores não impactam o arcabouço fiscal por motivos como:
- Inclusão em precatório, se houver responsabilização do Poder Público;
- Proteção da dignidade humana e segurança jurídica dos cidadãos afetados.
O ministro também determinou a suspensão dos processos pedindo responsabilização da União e do INSS, para proteger os beneficiários.
A AGU relatou que, até junho, foram ajuizadas 65 mil ações indenizatórias, podendo impactar os cofres públicos em R$ 1 bilhão.
Com essa medida, busca-se evitar a judicialização crescente, já que mais de 9 milhões de segurados podem ter sido afetados. A adesão ao acordo requer que os aposentados desistam de suas ações.
A conciliação envolveu a AGU, INSS, Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Toffoli ressaltou a responsabilidade das instituições na divulgação do acordo e na adesão voluntária pelos jovens afetados.
Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Fernando Dias