‘Tokenização’ imobiliária cresce mesmo sem regulação
Crescimento da tokenização imobiliária no Brasil enfrenta desafios regulatórios, com expectativa de avanço em projetos como o Drex. Especialistas apontam que a regulamentação é crucial para garantir segurança jurídica e impulsionar o mercado.
Crescimento da tokenização imobiliária no Brasil é evidenciado pela entrada de novas empresas, apesar da falta de regulamentação que gera incertezas. Especialistas ressaltam a necessidade de mudanças normativas, especialmente quanto ao registro de imóveis em cartório.
A consultoria Deloitte projeta que até 2035, US$ 4 trilhões em imóveis serão tokenizados globalmente, em comparação a US$ 300 bilhões em 2024. No Brasil, com a integração cartorária e o projeto Drex, espera-se maior segurança e crescimento do setor.
No projeto Drex, está em teste a tokenização para transações imobiliárias. Com isso, dinheiro e entrega de propriedade podem ser programados simultaneamente, potencialmente reduzindo intermediários. Testes incluem a simulação de venda de imóveis entre financiadores diferentes, mostrando possíveis ganhos de eficiência e redução de custos.
Os especialistas afirmam que tokens não conferem a propriedade do imóvel, mas sim, diferentes direitos sobre ele. A tokenização é classificada em 'stricto sensu' e 'latu sensu', a primeira sendo o desejo do mercado de adquirir imóveis por meio de tokens.
Limitantes legais ainda dificultam a implementação plena da tokenização. Não há projetos de lei atuais, mas o Cofeci estuda o mercado imobiliário na blockchain. Com a presença do CEO da netspaces, há expectativa por regulamentação que traga segurança jurídica.
Iniciativas como a Ribus utilizam tecnologia blockchain para aluguel de curta temporada, ampliando sua atuação em 2025. A tokenização de ativos imobiliários busca integrar com a regulação de valores mobiliários, mas isso pode excluir o mercado tradicional, o que destaca a necessidade de um sistema registral eficaz.