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Torta, carvão e farinha na cara

A nova variante do "torta na cara" reflete a divisão política do Brasil, onde a falta de um consenso fiscal e econômico tem levado a resultados negativos. Enquanto a competição entre ideologias continua, o país se distancia cada vez mais das potências emergentes como China e Índia.

Uma nova variante do jogo “torta na cara” se popularizou nas redes sociais, onde competidores batem na mesa cheia de carvão ou farinha para responder a perguntas. O perdedor acaba com a cara afundada no material, uma metáfora para o clima de disputa política no Brasil.

O jornalista Hamilton Ferrari, do Poder 360, revelou que o PIB do Brasil, que era superior ao da China e da Índia em 1995, agora é inferior ao desses países. Em 2024, o PIB brasileiro é de US$ 2,18 trilhões, enquanto o da China é de US$ 18,27 trilhões e o da Índia de US$ 3,89 trilhões.

O Brasil, apesar de suas riquezas naturais e produção de commodities essenciais, está ficando para trás. Segundo o autor, a divisão política exacerbada desde a eleição de Dilma e Aécio promoveu um ambiente de “nós contra eles”, prejudicando a governança e deixando problemas fiscais sem solução.

Os desafios econômicos incluem:

  • Desequilíbrio fiscal
  • Taxa de juro em alta
  • Resultados baixos em avaliações internacionais de educação
  • Mais de 90 milhões de brasileiros sem coleta de esgoto
  • Registro de 35 mil homicídios no último ano

Apesar de algumas reformas, como a Trabalhista e da Previdência, o governo atual trouxe mudanças que não parecem suficientes para uma gestão econômica eficiente, conforme mencionado pela ministra Simone Tebet.

Em conclusão, o Brasil vive um ciclo de crescimento fraco, refletido em suas deficiências sociais e econômicas. As comparações entre PIBs mostram que o vôo de galinha é real, com desafios persistentes que precisam ser enfrentados urgentemente.

O autor sugere que o "vexame" figurativo vivido pelo país se reflete até nas respostas improvisadas de um jogo infantil.

Alexandre Espirito Santo, Sócio e Economista-Chefe da Way Investimentos, coordenador de Economia e Finanças da ESPM.

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