Trabalhadores com carteira assinada recebem R$ 3,3 bi em crédito
Governo financia R$ 3,3 bilhões em empréstimos consignados para assalariados em apenas duas semanas. Modalidade promete atender até 25 milhões de trabalhadores com taxas mais baixas ao longo de quatro anos.
Empréstimos consignados no Brasil somam R$ 3,3 bilhões em duas semanas, beneficiando assalariados com carteira assinada através do Crédito do Trabalhador, iniciado em 21 de março.
Até 3 de abril, foram firmados 532.743 contratos, com valor médio de R$ 6.209,65. A média de parcelas é de R$ 350,45, em um prazo de 18 meses. O governo espera incluir 25 milhões de pessoas no sistema em 4 anos.
Atualmente, o Brasil conta com cerca de 47 milhões de assalariados formais. São Paulo e Rio de Janeiro lideram a adesão, com R$ 1,1 bilhão em contratos nas últimas duas semanas. As regiões Sudeste e Nordeste concentram R$ 2 bilhões em empréstimos.
São Paulo: 131.306 trabalhadores, R$ 848,7 milhões, média de R$ 6.446,90.
Rio de Janeiro: 51.124 trabalhadores, R$ 270,2 milhões, média de R$ 5.268,74.
Distrito Federal: média de R$ 9.809,75 por contrato, totalizando R$ 112,4 milhões para 11.423 trabalhadores.
Paraíba: menor média de R$ 5.248,02, totalizando R$ 38 milhões.
Amapá: menor número de contratos, 2.328, com R$ 14,3 milhões liberados.
A modalidade abrange empregados domésticos, trabalhadores rurais e funcionários de MEIs, permitindo apenas um empréstimo por vínculo empregatício. Apesar de críticas sobre taxas, o ministro Luiz Marinho defendeu que as condições são mais vantajosas comparadas a opções anteriores.
O crédito pode utilizar 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória como garantia, e busca reduzir o endividamento ao substituir dívidas caras.
As instituições financeiras avaliam fatores como tempo de trabalho e renda para conceder o empréstimo, cuja parcela não pode ultrapassar 35% da renda mensal. O trabalhador pode cancelar o empréstimo em até 7 dias.
A partir de 25 de abril, é possível transferir empréstimos para opções com juros mais baixos.