Trabalhadores parados são 3.000 e Fazenda segura linhas de crédito, diz setor de pescados
Setor de pescados clama por ajuda imediata do governo devido a paralisia causada por sobretaxa dos EUA. Presidente da Abipesca destaca a importância social da indústria e a urgência de linhas de crédito acessíveis para manutenção de empregos.
Eduardo Lobo, presidente da Abipesca, alerta para a paralisação do setor de pescados no Brasil, que afeta aproximadamente 3.000 trabalhadores. O problema surgiu devido a uma sobretaxa de 50% imposta pelos EUA.
Lobo destaca que, apesar da boa vontade do vice-presidente Geraldo Alckmin, o Ministério da Fazenda tem resistido em implementar medidas de socorro, incluindo linhas de crédito acessíveis.
O setor, que enfrenta a retenção de 1,3 milhão de quilos de pescado, precisa urgentemente de um plano emergencial para sobrevivência. Lobo enfatiza a importância social do pescado para o Brasil, especialmente em regiões com baixo IDH.
Os líderes do setor esperam que o governo reative as negociações com os EUA, priorizando o pescado, que foi marginalizado nas negociações internacionais.
O MDIC já fez contato com as empresas do setor para um pacote de R$ 900 milhões em crédito subsidiado, mas as medidas de apoio à manutenção de empregos ainda dependem de avaliação interna do governo.
Lobo ressalta que a situação é crítica, com indústrias reduzindo a produção e iniciando férias coletivas. A falta de empenho do governo nas negociações é vista como um fator agravante do problema.
Para o futuro, o setor precisa de ajuda imediata e ações que garantam a sobrevivência das empresas e dos empregos, já que a situação é considerada muito grave.