Trabalho por conta própria é saída para mães em dupla maternidade
Empreender como mães em casais LGBTQ+: desafios e superações. A história de Marcella, Priscilla e outras mães que enfrentam preconceitos enquanto constroem seus negócios e cuidam dos filhos.
Marcella Oliveira, 34 anos, mãe de Helena de 6 anos, não planejou a maternidade, mas mudou de opinião após o nascimento da filha. Ela e a ex-companheira, Priscilla Paladim, 36, fundaram a Tabular, empresa de móveis e brinquedos educativos.
O nascimento de Helena transformou a vida de Marcella. Deixou seu emprego na tecnologia e se dedicou à maternidade e ao novo negócio, que surgiu de uma necessidade financeira comum entre os empreendedores brasileiros.
A pesquisa do Sebrae mostra que 50% dos empreendedores LGBTQ+ agem por necessidade devido à falta de oportunidades no mercado formal. Os casais LGBTQ+ enfrentam preconceitos e a realidade de que metade deles não consegue licença-maternidade igualitária.
Com a chegada de Helena, Priscilla teve 180 dias de licença-maternidade, enquanto Marcella ficou só 4 dias. Isso as motivou a empreender e lutar por melhores condições. A experiência com a má visibilidade de mães LGBTQ+ levou Daniela Arrais a criar o coletivo Dupla Maternidade, buscando direitos iguais e visibilidade.
Diferentes histórias de maternidade são exploradas; desde Thaís Olardi, que se envolveu com os filhos de sua namorada durante a pandemia, até Karina Barros e Camila Benfica, que se mudaram para o interior de MG para proporcionar uma infância mais conectada ao campo.
Essas histórias compartilham o desafio de equilibrar empreender e criar filhos, refletindo sobre a necessidade de mudanças e direitos para mães LGBTQ+ no Brasil.