Tradição, trumpismo e democratas travam um 3º partido nos EUA

Elon Musk, proprietário da Tesla, X (antigo Twitter) e SpaceX, anunciou a criação do America Party em 5 de julho.

Seu objetivo é desafiar o duopólio eleitoral dos partidos Democrata e Republicano e atrair eleitores insatisfeitos, principalmente com Donald Trump.

A nova sigla busca conquistar votos de 65 milhões de eleitores não afiliados e desafiar a atual dinâmica política dos EUA. No entanto, a história mostra que novos partidos frequentemente falham.

Musk se rompeu com Trump em junho, após discordar de uma lei que cortaria impostos mas aumentaria o déficit nacional. Trump chamou a iniciativa de Musk de “desastre”.

Enquanto a pressão no Partido Republicano é tímida, os Democratas se movimentam ao centro e à esquerda, como evidenciado pela vitória do socialista Zohran Mamdani nas primárias de Nova York.

A pesquisa da Quantus revela que 4 em cada 10 eleitores estariam abertos a votar no America Party, especialmente entre republicanos (57%).

Apesar disso, a Gallup mostra que a maioria dos eleitores tende a continuar votando nos dois partidos principais. Atualmente, 57% são democratas ou republicanos, enquanto 43% se dizem independentes.

Legalmente, não há impedimentos para que novos partidos apareçam nas eleições. Contudo, o America Party ainda não é oficializado e enfrenta um ambiente político desafiador.

Histórica e logisticamente, é difícil para um terceiro partido obter representatividade no Congresso e nas eleições. Mesmo candidatos independentes enfrentam dificuldades significativas.

Por fim, a última vez que um terceiro partido teve sucesso relevante foi em 1968, e Musk busca acumular vozes dissidentes num cenário onde Illinois e Ohio se destacam como potenciais estados para novas candidaturas.