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Transição escola-trabalho

Relatório da OCDE destaca desafios da juventude brasileira para o mercado de trabalho, evidenciando a discrepância entre aspirações e preparação. A implementação de políticas públicas e parcerias com o setor privado se mostra essencial para melhorar a inserção profissional dos jovens.

Relatório da OCDE revela desafios na inserção profissional da juventude no Brasil.

Publicada em maio, a pesquisa “The State of Global Teenage Career Preparation” destaca a discrepância entre as expectativas de jovens brasileiros e a realidade do mercado.

55% dos estudantes que participaram do Pisa pretende seguir profissões que exigem ensino superior, aumentando para 72% no Brasil. No entanto, apenas 35% se sentem preparados para o mercado, enquanto a média na OCDE é de 58%.

Esse cenário é agravado pelo acesso limitado a estágios: apenas 28% dos jovens brasileiros têm essa oportunidade, em comparação com 65%% na média da OCDE. Entre os de baixa renda, o percentual cai para 15%.

A falta de vivência prática e mentorias impacta na preparação dos jovens, que, apesar de ter altas aspirações, enfrentam dificuldades para entrar no mercado de trabalho.

É essencial implementar políticas públicas eficazes para facilitar a transição da escola para o trabalho. As instituições de ensino precisam se alinhar às demandas do mercado e desenvolver habilidades essenciais como pensamento crítico e criatividade.

O relatório sugere que o aconselhamento vocacional é fundamental para ajudar os jovens a se prepararem adequadamente. Essa tarefa deve envolver a colaboração entre escolas e empresas.

Dentre as medidas recomendadas, destacam-se:

  • Expansão e desburocratização de programas de estágio.
  • Parcerias setoriais para alinhamento curricular.
  • Desenvolvimento de plataformas digitais de conexão e orientação.
  • Promoção de mentorias intergeracionais e entre pares.
  • Fortalecimento de centros de carreiras integrados.
  • Programas como “Jovens Empreendedores Primeiros Passos” do Sebrae.

O relatório da OCDE é um chamado à ação. A empregabilidade juvenil deve ser o resultado de um investimento estratégico, assegurando que os jovens tenham as ferramentas necessárias para um futuro profissional promissor.

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