Transição na presidência do BC foi complexa, diz Haddad
Haddad comenta sobre a complexidade da transição no BC e seu impacto na economia. O ministro acredita que o Brasil pode crescer em média 3% ao ano durante o governo Lula, apesar das altas na Selic.
Transição no BC foi “complexa”, diz ministro da Fazenda Fernando Haddad em entrevista ao UOL, nesta segunda-feira (12.mai.2025).
Ele comparou a troca de cargo no Banco Central com sua transição de Paulo Guedes, enfatizando que não foi simples.
Haddad destacou a primeira vez que o governo conviveu por 2 anos com um presidente do BC nomeado pelo governo anterior, Roberto Campos Neto, ligado ao ex-presidente Bolsonaro. O atual presidente, Gabriel Galípolo, é de sua confiança.
Roberto Campos Neto deixou o cargo em dezembro de 2024, e Galípolo elogiou sua gestão, chamando a transição de amistosa.
Haddad afirmou que as altas na Selic em 2025 foram decisões da gestão passadas. Galípolo, entretanto, contradisse, dizendo ser o protagonista nas decisões sobre juros.
Sobre o PIB, Haddad prevê crescimento médio de 3% ao ano durante o governo Lula, com 2,5% projetados para 2025, apesar das altas taxas de juros.
As estimativas atuais do Ministério da Fazenda são de 2,3% de crescimento, enquanto o Banco Central espera 1,9%.
Para controlar a inflação, o Banco Central elevou a Selic para 14,75% ao ano, o maior valor desde 2006. A próxima reunião ocorrerá em 17 e 18 de junho.
Haddad reafirmou que o governo Lula se compromete a cumprir as metas do marco fiscal, até o final do ano que vem.