Transporte hidroviário volta ao centro da agenda
Transporte hidroviário ganha novo impulso no Brasil com projetos de concessão, mas enfrenta dilemas socioambientais. A expectativa é aumentar a utilização das hidrovias, que ainda são subexploradas em comparação a modais tradicionais, como o rodoviário.
Transporte hidroviário no Brasil volta a ser foco da infraestrutura com expectativa de concessões após anos de discussão.
O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) criou a Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação (SNHN), planejando conceder até oito hidrovias à iniciativa privada.
- Hidrovia do Paraguai
- Hidrovia do Madeira
- Hidrovia do Tapajós
- Hidrovia do Tocantins
- Lagoa Mirim
- Hidrovia Verde
- Parnaíba
- São Francisco
A matriz de transporte do Brasil é 68% rodoviário, e apenas 3% hidroviário, bem abaixo de outros países.
Desafios como estiagem impactam o uso das hidrovias. O secretário Dino Antunes relaciona a baixa exploração do modal a fatores econômicos e políticos.
Estimativas indicam que o Brasil possui cerca de 41,7 mil km de vias navegáveis, mas apenas 20 mil km são utilizados.
O CEO do MoveInfra, Ronei Glanzmann, destaca que o transporte hidroviário é mais econômico e menos poluente, aumentando a eficiência no escoamento de produtos agrícolas.
As futuras concessionárias serão responsáveis pela arrecadação e oferta de serviços, com isenções para embarcações de pequeno porte.
Desafios técnicos e regulatórios são mencionados por Jorge Bastos, da Infra S.A., como questões complexas na modelagem das hidrovias.
O diretor da Antaq, Alber Vasconcelos, defende a importância de estimular o uso do modal para ganhos logísticos e ambientais.