Trauma com atentados faz Argentina questionar alinhamento de Milei a Israel
Presidente argentino Javier Milei enfrenta críticas por apoio ao conflito no Oriente Médio. O silêncio da chancelaria e as preocupações da oposição geram debate sobre a segurança nacional e a política externa do país.
Presidentes Javier Milei expressa apoio à entrada dos Estados Unidos no conflito com o Irã e reafirma apoio a Israel, gerando preocupações na Argentina.
A Argentina ainda carrega o trauma dos atentados à embaixada de Israel e à Amia em 1992 e 1994, que resultaram em 114 mortes. O Irã foi responsabilizado pela Justiça argentina pelos ataques, atribuídos ao Hezbollah.
Neste contexto, Milei compartilhou nas redes sociais seu apoio à ofensiva de Donald Trump, após visita a Israel, onde reafirmou a transferência da embaixada argentina de Tel Aviv para Jerusalém em 2026.
Ao voltar, Milei defendeu a ação militar contra o Irã, considerando-o um inimigo da Argentina. Essa posição foi apoiada pelo ministro da Defesa, Luis Petri, e influenciadores libertários.
No entanto, políticos da oposição expressaram preocupação. O Partido Justicialista (PJ) criticou a postura de Milei, alertando sobre os riscos de envolvimento em conflitos estrangeiros e a necessidade de respeitar a Constituição.
Federico Storani, ex-ministro do Interior, também se opôs à posição de Milei, enfatizando a importância da coexistência pacífica entre os estados na região. Ele comparou o atual alinhamento ao da época de Carlos Menem na Guerra do Golfo, que tornou a Argentina um alvo de atentados.