Trégua de tarifas com a China demonstra os limites da agressividade de Trump

Trump recua em tarifas sobre produtos chineses

A decisão do presidente Donald Trump de impor tarifas de até 145% sobre produtos chineses, seguida de um recuo, destacou o poder da política comercial dos EUA, mas também suas limitações.

As altas tarifas paralisaram o comércio, obrigando empresas a redirecionar suas importações e levando algumas à falência. Em resposta, o governo americano considerou as tarifas insustentáveis.

No último fim de semana, as negociações em Genebra resultaram em um acordo para reduzir as tarifas. As importações chinesas terão um imposto mínimo de 30%, enquanto a China reduzirá sua taxa sobre produtos americanos para 10%.

As conversas levantaram questionamentos sobre o impacto das tarifas no comércio. Scott Kennedy, especialista em China, avaliou que o acordo representa uma retirada dos EUA diante da resistência chinesa.

Ainda não se sabe quais acordos futuros podem ser alcançados, e o governo americano tem até meados de agosto para avançar nas negociações.

Durante uma coletiva, Scott Bessent, secretário do Tesouro, indicou que ambos os países não desejam um desacoplamento econômico. Tarifas posteriores aumentariam, caso não haja um acordo.

Varejistas liberaram uma resposta positiva ao retorno do fluxo comercial, embora expressassem preocupações sobre a duração da trégua e os impactos da tarifa remanescente.

Especialistas observam que 90 dias é um período curto para resolver disputas comerciais complexas, e que questões como subsídios e superávit comercial da China ainda precisam ser abordadas.

As conversas futuras poderão abordar a abertura da China para empresas americanas e compras que ajudem a equilibrar o comércio, mas a eficácia dessas negociações remains um ponto de incerteza.