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Três em cada quatro brasileiros veem tarifaço como decisão de natureza política, diz pesquisa

Pesquisa revela que 75% dos brasileiros veem tarifas de Trump como decisão política. O levantamento também mostra divisão sobre a resposta do Brasil, com apoio significativo à busca por novos parceiros comerciais.

Levantamento Ipsos/Ipec revela que 75% dos brasileiros enxergam o tarifaço de Donald Trump como uma decisão política.

A pesquisa, realizada entre 1º e 5 de agosto de 2025 com 2.000 entrevistados, mostra que:

  • 12% acreditam que a medida é puramente comercial;
  • 5% veem um misto de questões comerciais e políticas;
  • 8% não opinaram.

A percepção política é predominante em todas as demografias, especialmente entre:

  • Entrevistados de 45 a 59 anos (80%);
  • Moradores das Regiões Nordeste e Sudeste (77% cada).

Entre eleitores de Lula e votos em branco/anulados, 79% acreditam na motivação política. Para eleitores de Bolsonaro, o índice é de 73%.

Sobre reagir às tarifas, a divisão é clara:

  • 47% discordam de reavaliar a parceria comercial;
  • 46% concordam.

Polarização é evidente:

  • 61% dos eleitores de Lula defendem o distanciamento;
  • 65% dos eleitores de Bolsonaro se opõem.

Retaliação tarifária divide opiniões:

  • 49% concordam;
  • 43% discordam.

Busca por novos parceiros comerciais tem forte apoio:

  • 68% priorizariam acordos com China e União Europeia;
  • Apoio maior entre eleitores de Lula (75%) e também significativo entre os de Bolsonaro (59%).

Preocupação com isolamento do Brasil internacionalmente é vista por 60% da população, especialmente entre eleitores de Bolsonaro (70%).

Na esfera do consumo, se a economia for prejudicada:

  • 39% priorizariam produtos nacionais;
  • 22% deixariam de comprar produtos americanos.

A imagem dos Estados Unidos, que era 48% positiva antes do tarifaço, caiu:

  • 38% dizem que a imagem piorou;
  • 51% afirmam que permaneceu igual;
  • 6% melhoraram a visão.

A deterioração da imagem é mais acentuada entre eleitores de Lula (52%) em comparação a Bolsonaro (26%).

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