Tribunal de Israel se recusa a adiar julgamento por corrupção de Netanyahu
Tribunal nega adiamento de audiências de Netanyahu, que enfrenta acusações de corrupção. O premiê busca justificar sua ausência por questões de segurança nacional em meio ao conflito com o Irã e a guerra na Faixa de Gaza.
Tribunal de Israel rejeita pedido de Netanyahu
Um tribunal de Israel negou, nesta sexta (27), o pedido do premiê Binyamin Netanyahu para adiar suas audiências em um processo por corrupção. O pedido foi feito após o confronto com o Irã e a continuidade da guerra na Faixa de Gaza.
Os advogados de Netanyahu argumentaram que os "acontecimentos na região e no mundo" requerem sua atenção total. Porém, o Tribunal Distrital de Jerusalém afirmou que a solicitação "não apresenta justificativa" para o adiamento.
Após a recusa, o advogado Amid Hadad apresentou uma nova petição, anexando a agenda oficial de Netanyahu para demonstrar sua prioridade em assuntos cruciais do país.
A pressão para suspender o processo aumentou, especialmente após declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que descreveu o julgamento como uma "caça às bruxas" e sugeriu que Netanyahu deveria ser perdoado.
O julgamento de Netanyahu começou em maio de 2020. Ele e sua esposa são acusados de receber presentes de luxo avaliados em mais de US$ 260 mil (cerca de R$ 1,4 milhão) de empresários em troca de favorecimentos políticos. Netanyahu nega as acusações.
Além disso, enfrenta outros dois processos relacionados a tentativas de obter cobertura jornalística favorável.
No âmbito político, Netanyahu obteve uma vitória em 12 de outubro, quando o Knesset rejeitou uma proposta para sua dissolução, adiando novas eleições até outubro de 2026.