Troca de ataques entre Israel e Irã afeta instalações de petróleo e gás na região
A intensificação dos conflitos entre Irã e Israel gera riscos significativos para a produção e exportação de petróleo e gás na região. Com ataques direcionados a instalações estratégicas, a preocupação com a estabilidade do fornecimento global aumenta.
A conflitos recentes entre Irã e Israel geraram preocupações significativas sobre danos e interrupções em campos de petróleo e gás da região.
Os ataques israelenses, iniciados na sexta-feira da semana passada, miraram instalações estratégicas, incluindo campos de petróleo. Em retaliação, o Irã atacou o porto de Haifa, resultando no fechamento de uma refinaria em Israel.
Em 14 de junho, Israel também atacou o campo de gás offshore South Pars, a maior reserva de gás natural do mundo, causando suspensão parcial da produção. Esse campo é vital, pois >compõe cerca de um terço da reserva global.
- Exportações do Irã: 15,8 bilhões de m³ de gás em 2023.
- Reservatório total: 1.800 trilhões de pés cúbicos de gás, suficiente para suprir as necessidades globais por 13 anos.
Israel também teve como alvo um depósito de combustível em Teerã e uma refinaria perto da capital, mas as autoridades iranianas afirmaram que a situação está sob controle.
A refinaria de Haifa, a maior de Israel, fechou após danos em um ataque iraniano. Sua capacidade é de 197.000 barris por dia.
O Irã, como o terceiro maior produtor de petróleo da Opep, extracções incluem 3,3 milhões de barris/dia de petróleo bruto. Recentemente, exportações atingiram 1,8 milhão de barris por dia, o nível mais alto desde 2018.
As instalações do Irã ficam principalmente nas províncias de Khuzestan e Bushehr, com 90% do petróleo bruto exportado pela Ilha de Kharg.
Após o endurecimento das sanções em 2018 pelos EUA, houve uma queda nas exportações, mas a recuperação ocorreu sob o presidente Joe Biden. Com menos rigor nas sanções, o Irã conseguiu evitar restrições.
O país está isento das restrições da Opep+ e a China não reconhece as sanções, permitindo que algumas refinarias privadas continuem operando.
Analistas afirmam que a Arábia Saudita e outros países da Opep podem compensar qualquer possível queda na oferta do Irã usando capacidade excedente.