Trump acerta acordo com a Intel para dar 10% de participação na empresa aos EUA
Trump fecha acordo que garante 10% da Intel ao governo americano, visando revitalizar a fabricante de chips em dificuldades. O presidente pretende utilizar a participação acionária como um modelo para impulsionar a indústria nacional e garantir dominância em setores críticos.
Donald Trump se reuniu com Lip-Bu Tan, CEO da Intel, na Casa Branca para finalizar um acordo que dá ao governo dos EUA quase 10% da fabricante de chips em um momento de dificuldades enfrentadas pela empresa.
O acordo, fechado em 22 de setembro, prevê que os EUA recebam 433.323.000 ações ordinárias da Intel, totalizando 9,9% de participação.
O governo se comprometeu a liberar quase US$ 8,87 bilhões em financiamento sob a Lei Chips and Science, conforme fontes que falaram com a Bloomberg News.
As ações adquiridas não conferem direito a voto, e não há assento no conselho. Trump classificou o acordo como um “grande negócio” que revitalizaria a Intel. As ações da companhia ganharam 7,2% na sexta-feira.
A intervenção do governo na Intel sinaliza uma mudança no capitalismo de livre mercado, levantando preocupações sobre distorções no mercado. O acordo também marca uma reviravolta nas relações entre Trump e a empresa, que anteriormente enfrentou críticas do presidente.
Trump, que havia sugerido a participação acionária em encontro anterior com Tan, alertou que a Intel tinha sido “deixada para trás” por concorrentes.
O secretário de Comércio, Howard Lutnick, indicou que a intenção é garantir benefícios diretos ao governo, além de simples distribuição de subsídios.
Embora o acordo possa ser um modelo para outras empresas, não há informações sobre negociações semelhantes no momento.
A expansão do investimento na Intel é uma tentativa do governo de fortalecer a indústria de tecnologia, mas analistas alertam que sem clientes, o financiamento pode não ser suficiente para reverter a situação da empresa, que enfrenta um histórico de vendas e participação de mercado em queda.
Trump está adotando um novo estilo de diplomacia econômica, buscando reequilibrar laços comerciais e garantir a dominância americana em setores críticos, como evidenciado em acordos recentes com empresas de tecnologia.
Para mais detalhes, acesse Bloomberg.com.