Trump afirma que EUA devem retomar diálogo com Irã na semana que vem
Trump sugere novo diálogo com o Irã e possibilidade de acordo nuclear após bombardeios. Apesar da minimização dos ataques, o presidente ressalta a importância de um relacionamento positivo com Teerã para evitar a proliferação nuclear.
Trump reafirma diálogo com Irã
Na quarta-feira (25), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que Washington deve retomar diálogos com o regime do Irã na próxima semana, considerando a possibilidade de assinar um acordo sobre o programa nuclear iraniano.
Durante a cúpula da Otan, ele minimizou a necessidade de novas negociações após os bombardeios em Fordow, Natanz e Isfahan, afirmando que poderia obter uma declaração dos iranianos sobre não se tornarem uma potência nuclear.
Trump comparou a ofensiva militar com as bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, argumentando que encerrou conflitos entre Israel e Irã. Ele sugeriu que, sem a destruição das instalações nucleares, o Irã estaria atualmente em combate.
Embora tenha minimizado um relatório de inteligência que indicava um atraso de seis meses no programa nuclear iraniano, Trump considerou o documento inconclusivo, destacando necessidade de avaliação por Israel.
A Agência de Inteligência de Defesa descreveu o relatório como uma avaliação preliminar, enquanto outros membros do governo afirmaram que o programa iraniano retrocedeu significativamente.
As declarações de Trump vieram após uma trégua entre Irã e Israel, após 12 dias de conflitos. Ele elogiou Netanyahu por controlar a retaliação.
Trump crê que o estoque de urânio enriquecido do Irã foi atingido pelos bombardeios e comentou que é difícil remover esse material, sugerindo que o Irã não conseguiu transportá-lo a tempo.
Pese a possibilidade de novos ataques se o Irã reconstruir sua infraestrutura nuclear, Trump espera melhores relações com a República Islâmica e afirmou que os EUA decidirão o que fazer se as negociações não avançarem.
Além disso, o enviado de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, afirmou que o enriquecimento e o desenvolvimento de armamento pelo Irã são linhas vermelhas para os EUA, e que grandes anúncios sobre os Acordos de Abraão estão por vir.