Trump ameaça criar novas tarifas enquanto UE e Canadá revidam contra as já impostas

Donald Trump ameaça intensificar a guerra comercial global com novas tarifas sobre produtos da União Europeia (UE).

Após o início das taxas de 25% sobre importações de aço e alumínio dos EUA, Trump alertou para mais penalidades se a UE avançar com tarifas sobre produtos americanos a partir de abril. "O que quer que eles cobrem de nós, nós estamos cobrando deles", reforçou.

A escalada das tarifas afetou a confiança de investidores e aumentou os temores de recessão. O Canadá, maior fornecedor de aço e alumínio dos EUA, anunciou tarifas retaliatórias de 25% sobre produtos no valor total de US$ 20 bilhões.

O Ministro das Finanças canadense, Dominic LeBlanc, afirmou: "Não ficaremos de braços cruzados...". O Banco Central do Canadá cortou as taxas de juros em resposta.

Além disso, a ação de Trump impõe tarifas de 25% sobre centenas de produtos. Uma pesquisa revelou que 57% dos americanos acham que Trump está se comportando de maneira errática.

A UE está menos exposta, mas planeja contramedidas visando até US$ 28 bilhões em bens dos EUA. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, declarou que o bloco buscará negociações com os EUA.

O contexto também envolve reações de China e Japão, que afirmaram proteger seus interesses. Grã-Bretanha e Austrália criticaram as tarifas, mas não retaliaram.

As ações no mercado permaneceram estáveis, mas a incerteza deixou empresas nervosas. As tarifas afetam a saúde industrial dos EUA, com mais de 900 das 1.500 maiores empresas mencionando tarifas em seus resultados.

A relação do Canadá com os EUA se desgastou ainda mais, e o primeiro-ministro Justin Trudeau prepara para uma transição de poder.

Enquanto isso, os cidadãos canadenses expressam descontentamento, com práticas como a vaia ao hino dos EUA em eventos esportivos.