Trump apresenta novos dados de emprego e renda. Como saber se eles estão sendo manipulados?
Trump apresenta dados econômicos alternativos para contestar estatísticas oficiais, alegando manipulação em favor de Biden. A demissão da chefe do BLS e a defesa de Moore aumentam as suspeitas sobre a veracidade dos números divulgados.
Trump apresenta estatísticas econômicas alternativas
O presidente dos EUA, Donald Trump, divulgou novas estatísticas econômicas alegando que os dados oficiais favorecem seu antecessor, Joe Biden.
Na última semana, Trump demitiu a chefe do Departamento de Estatísticas do Trabalho (BLS) após insatisfação com os números apresentados.
Em um anúncio no Salão Oval, acompanhado pelo economista Stephen Moore, Trump apresentou gráficos que alegam que o BLS superestimou a criação de empregos em 1,5 milhão durante o governo Biden.
Os dados de julho mostraram um aumento de 73 mil postos de trabalho, com revisões anteriores refletindo uma queda de quase 260 mil.
Trump afirmou que os novos dados são "incríveis" e que a renda familiar média aumentou em US$ 1.174 nos primeiros meses de seu mandato.
A Bloomberg alertou que a suspeita de manipulação dos dados econômicos pode aumentar a volatilidade do mercado.
Os dados são divididos em três categorias:
- Defasados: Indicadores que mostram onde a economia estava.
- Antecedentes: Sinalizam onde a economia se dirige.
- Coincidentes: Mostram a situação atual da economia.
A queda nos dados antecedentes indica a possibilidade de dados coincidentes e defasados fracos no futuro.
Além disso, a manipulação de dados pode ser difícil devido à diversidade de fontes e à relação sequencial entre eles. A análise cruzada pode identificar distorções nas estatísticas.
Métodos como Lei de Benford e autocorrelação podem ser usados para detectar manipulações nos dados, reforçando a necessidade de investidores analisarem dados economicamente sem influências externas.