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Trump apresenta números fictícios de tarifas de outros países sobre produtos dos EUA, apontam especialistas

Trump apresenta números distorcidos sobre tarifas internacionais para justificar ações comerciais dos EUA. Críticos destacam a inconsistência dos dados e acusam o presidente de manipulação para sustentar seu discurso.

Economistas e especialistas em comércio exterior criticam as afirmações do presidente Donald Trump sobre tarifas comerciais.

Durante um anúncio na Casa Branca, Trump afirmou que os Estados Unidos estão sujeitos a tarifas muito mais altas do que aquelas impostas em reciprocidade. Ele mencionou que a União Europeia cobraria uma tarifa de 39% sobre produtos americanos, enquanto a tarifa dos EUA seria de 20%, afirmando que isso representa apenas a metade.

Contudo, o economista Paul Krugman destacou que a tarifa média da UE é inferior a 3%, questionando a veracidade do número de 39%. Krugman afirmou: “De onde vem esse número? Não faço ideia”.

James Surowiecki, jornalista da The New Yorker, sugere que a equipe de Trump utilizou uma fórmula errônea para justificar as tarifas fictícias. Essa fórmula divide o déficit comercial total dos EUA com um país pelo valor das exportações desse país para os EUA.

No caso da China, onde os EUA enfrentaram um déficit de US$ 291,9 bilhões, dividir esse valor pelas exportações da China (US$ 433,8 bilhões) resulta em 67%. Ao reduzir esse número pela metade, chega-se a 34%, que corresponde à tarifa imposta pelo governo Trump.

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