Trump assina decreto para fechar Departamento de Educação dos Estados Unidos
Trump inicia fechamento do Departamento de Educação, transferindo funções para estados. Medida enfrenta forte oposição no Congresso e entre a população, com riscos à qualidade educacional.
Donald Trump assina ordem executiva para iniciar o fechamento do Departamento de Educação dos Estados Unidos.
A medida, parte de sua promessa de campanha, busca transferir atribuições para os estados e reduzir a presença federal na educação pública.
A secretária de Educação, Linda McMahon, conduzirá o processo, que já resultou na demissão de 1.315 funcionários, aproximadamente 50% do total. Desde o início do governo Trump, 2.200 servidores foram dispensados.
Embora Trump tenha considerado transferir responsabilidades para o Tesouro Federal, recuou dessa ideia. A intenção agora é redistribuir algumas funções para outras agências federais e dar aos estados maior controle.
O fechamento total do departamento depende de aprovação legislativa. Mesmo com a maioria republicana, são necessários 60 votos no Senado, exigindo apoio democrático, que atualmente não está garantido.
A proposta enfrenta forte resistência. Uma pesquisa indicou que 65% dos americanos são contra o fechamento, e procuradores-gerais de estados democratas entraram com ação judicial para barrar as demissões.
O Departamento de Educação supervisiona cerca de 100 mil escolas públicas e 34 mil privadas, e é responsável pela distribuição de recursos federais e pela administração de US$ 1,6 trilhão em empréstimos estudantis.
Críticos afirmam que o fechamento pode impactar a qualidade da educação e prejudicar milhões de estudantes. A senadora Patty Murray disse que a ação "destruiria programas essenciais".
Trump acredita que a descentralização trará mais autonomia a estados e comunidades, alegando falhas no sistema federal e a necessidade de "drenar o pântano educacional do governo".
A decisão está em linha com suas propostas para reduzir o tamanho do governo federal.