Trump assinará decreto que esvazia Departamento de Educação dos EUA
Medida visa descentralizar a educação e transferir responsabilidades para os estados, enquanto a Casa Branca prossegue com a redução de agências públicas. A demissão de funcionários já começou, com cortes significativos na equipe do Departamento de Educação.
A Casa Branca confirmou que o presidente Donald Trump assinará um decreto nesta quinta-feira (20) para esvaziar o Departamento de Educação.
A ideia original era encerrar o órgão, mas isso requereria a aprovação do Congresso.
O decreto permitirá que Linda McMahon, chefe do departamento e ex-CEO da WWE, inicie o processo de esvaziamento.
O desmantelamento já começou: na semana passada, 1.315 funcionários foram demitidos, totalizando 2.200 demissões desde a posse de Trump, que contava com 4.133 funcionários.
"Estamos reduzindo significativamente a escala e o tamanho deste departamento," afirmou Karoline Leavitt, secretária de Imprensa do governo.
A maioria das funções do órgão será transferida para os estados, enquanto a gestão de empréstimos estudantis e subsídios permanecerão com o governo federal.
Todavia, Leavitt criticou os custos do Departamento: "Não precisamos gastar mais de US$ 3 trilhões em um departamento que claramente está falhando."
Em discussões anteriores, Trump considerou transferir a responsabilidade dos empréstimos estudantis para o Tesouro Federal, mas teve que recuar.
Vale destacar que, nos EUA, 92% do financiamento da educação vem de estados e municípios, não do governo federal.
A medida se alinha a outras ações do governo para reduzir o tamanho do Estado e desmantelar órgãos, como a Usaid, responsável por assistência internacional.