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Trump avança no Oriente Médio enquanto Israel observa

Trump suspende sanções à Síria para promover reabilitação do país, gerando otimismo entre a população local. Enquanto isso, Israel expressa preocupações sobre o fortalecimento de um regime aliado ao terrorismo em sua fronteira.

Durante visita ao Oriente Médio, Donald Trump anunciou a suspensão das sanções contra a Síria, visando oferecer ao país “uma chance de grandeza”. A decisão gerou celebrações em Damasco, mas causou desconforto em Israel.

Binyamin Netanyahu, Primeiro-Ministro de Israel, vê a reabilitação da Síria sob Ahmed al-Sharaa, ex-jihadista com laços com a Al-Qaeda, como preocupante. Trump pediu a normalização das relações sírias com Israel, mas agiu sem coordenação com Tel Aviv, levantando preocupações sobre os interesses israelenses na política externa americana.

Outras decisões de Trump, como a retoma das negociações nucleares com o Irã e acordos com o Hamas, também foram tomadas sem consultoria a Israel, reforçando a visão de que os EUA não priorizam os interesses israelenses.

Sharaa, que chegou ao poder após a queda de Bashar al-Assad, tenta reconfigurar sua imagem como moderado e teve a receptividade positiva de Trump, que o descreveu como “um jovem atraente e lutador”.

Internamente, a maioria dos sírios manifesta otimismo sobre o futuro sob a nova liderança, mas a reconstrução do país enfrenta obstáculos devido a sanções por violações de direitos humanos.

Ainda assim, para Netanyahu, o alívio das sanções representa um perigo, pois uma Síria fortalecida pode alterar o equilíbrio na fronteira com Israel e aumentar a influência da Turquia. O medo se intensifica pela relação do presidente turco, Erdogan, com o Hamas.

No Congresso americano, aliados de Trump expressaram preocupações, mas a reação do Partido Republicano foi geralmente conivente. Netanyahu destacou que Israel agirá sozinho se necessário, enfatizando uma relação menos previsível com os EUA e focada em pragmatismo.

A decisão de Trump também busca fortalecer laços com a Arábia Saudita, uma nação que vê a Síria reconstruída como uma oportunidade estratégica, evidenciando a nova abordagem da política externa americana no Oriente Médio.

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