Trump coloca vinícolas europeias de joelhos mesmo antes de tarifas entrarem em vigor
Produzindo em excesso e com a demanda em queda, vinícolas europeias enfrentam crise iminente após ameaça de tarifas de 200% nos EUA. Com incertezas no mercado, produtores buscam alternativas para evitar prejuízos e esvaziar seus tanques repletos.
Produção de vinho europeu enfrenta crise com ameaça de tarifas dos EUA
O presidente Donald Trump propôs uma tarifa de 200% sobre o vinho europeu, afetando produtores já em declínio no consumo. A França começou a pagar agricultores para arrancar vinhas devido à crise.
A Cave Héraclès, maior cooperativa de vinhos orgânicos da França, está com tanques cheios da produção anterior. O presidente Jean Philippe Julien mencionou que, com a próxima colheita se aproximando, os tanques precisam ser esvaziados, mas compradores estão pedindo para esperar.
A proposta de tarifa está paralisando a indústria vitivinícola, aumentando incertezas sobre custos e descontos. A interrupção das vendas para os EUA já custa 100 milhões de euros por semana às empresas de vinho, segundo Ignacio Sánchez Recarte.
Importadores americanos estão evitando novos embarques com medo das tarifas que podem entrar em vigor em 2 de abril. A oferta excedente no mercado global é uma preocupação, com jovens consumidores bebendo menos vinho.
A Sogrape e Château de Fieuzal se anteciparam, enviando mais garrafas para os EUA antes do possível impacto das tarifas. Se a tarifa for implementada, muitos produtores podem sofrer perdas irreparáveis.
A Comissão Europeia busca soluções, propondo apoio financeiro e ações de marketing para mitigar os efeitos da tarifa e diversificar receitas.
Jerome Bauer, da CNAOC, faz lobby para remover o bourbon americano da lista de represálias, buscando um acordo diplomático. A indústria espera que soluções possam ser implementadas a tempo, mas há muitas incertezas.