Trump compara ataque ao Irã com bombas atômicas no Japão e fim da 2ª Guerra Mundial
Trump justifica ataques ao Irã ao compará-los a Hiroshima e Nagasaki, afirmando que foram cruciais para retardar programa nuclear iraniano. A avaliação de agências de inteligência dos EUA, no entanto, contradiz a declaração do presidente, sugerindo um impacto muito menor.
Trump compara ataques ao Irã a bombas atômicas
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que os recentes ataques contra o Irã são comparáveis às bombas lançadas em Hiroshima e Nagasaki, alegando que retrocederam o programa nuclear iraniano por decadas. Isso contraria avaliações das agências de inteligência dos EUA.
Durante uma reunião com o Secretário-Geral da Otan, Trump declarou: “Foi essencialmente a mesma coisa. Aquilo acabou com aquela guerra”. Ele se apoiou em conselheiros que reforçaram sua posição, apesar da incerteza sobre a extensão real dos bombardeios.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, revelou que as instalações foram “gravemente danificadas” sem fornecer mais detalhes. Por outro lado, a Agência de Inteligência de Defesa dos EUA (DIA) estimou que os ataques atrasaram o programa nuclear iraniano por apenas alguns meses.
Trump criticou o relatório da DIA, afirmando que a situação foi “muito severa” e recebendo apoio de Marco Rubio e Pete Hegseth, que questionaram a confiabilidade desse documento. “Era um relatório ultrassecreto, preliminar”, disse Hegseth.
Israel, embora crítico, adotou uma postura moderada. O porta-voz do Exército israelense afirmou ser cedo para avaliar os efeitos, mas indicou que o programa nuclear foi atrasado vários anos.
As ofensivas, que resultaram em 610 mortos e mais de 4.700 feridos do lado iraniano, culminaram em um cessar-fogo instável anunciado por Trump, que se disse satisfeito com seu progresso. No entanto, o Parlamento do Irã votou para suspender a cooperação com a AIEA, questionando sua credibilidade após ataques às instalações nucleares.
A tensão entre Israel e Irã permanece, e as consequências do conflito ainda são incertas, com discussões de um cessar-fogo entre Trump e líderes da região acontecendo após ataques e violações mútuas.