Trump corta ajuda militar à Ucrânia; Rússia celebra
Suspensão de armamentos essenciais para a Ucrânia levanta preocupações sobre a capacidade de defesa do país. A decisão, motivada pela redução dos estoques americanos, é recebida com alívio pelo Kremlin e gera inquietação em Kiev diante das crescentes ofensivas russas.
Governo Trump suspende envio de armas vitalmente para a Ucrânia
No dia 1º, a Casa Branca anunciou a suspensão do envio de armamentos essenciais, como mísseis antiaéreos do sistema Patriot e munição de precisão guiada, para a Ucrânia. A decisão, revelada pelo site Politico, foi devido aos baixos estoques no arsenal americano.
O Kremlin comemorou a decisão, afirmando que a redução na entrega de armas poderá acelerar o fim do conflito. Em Kiev, a situação gerou forte preocupação. A chancelaria ucraniana convocou o adido militar americano para discutir a medida e ressaltou que as armas são essenciais para a defesa do país.
Com a intensificação da guerra aérea, especialmente após o ataque de drones no dia 29, deputados ucranianos consideraram o corte complicado. O Pentágono não divulgou números específicos sobre estoques ou valores das armas.
Atualmente, existem seis baterias do Patriot na Ucrânia. O presidente Volodimir Zelenski havia solicitado mais sete baterias, mas não foram disponibilizadas. A suspensão também impacta os mísseis ar-ar usados em caças F-16 e a munição de precisão necessária nos confrontos fronteiriços.
O presidente russo Vladimir Putin anunciou a conquista total da região de Lugansk e pressiona o norte e o sul da Ucrânia, enquanto a política de Trump reflete uma tentativa de pressionar os dois lados do conflito, com uma clara simpatia por Moscou. A ajuda militar dos EUA caiu drasticamente, compensada em grande parte pela Europa, que forneceu R$ 171 bilhões até abril.
Desde o início do conflito, os EUA foram o principal suporte militar da Ucrânia, com um total de R$ 416 bilhões em ajuda, superando outros aliados como o Reino Unido.