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Trump cria uma força-tarefa para “erradicar viés anticristão”

A crescente influência da religiosidade nas políticas públicas dos EUA promete intensificar debates sobre questões sociais e morais. O papel da "Direita Cristã" e sua relação com novas lideranças católicas desafiará a noção de pluralismo religioso no país.

Influência da religiosidade nos EUA é notável no debate de políticas públicas. Desde a colonização no século 17, famílias puritanas vêem sua missão no Novo Mundo como criar o reino de Deus na Terra.

Apesar da 1ª Emenda à Constituição, que garante a liberdade religiosa e impede a religião do Estado, o pluralismo religioso prevaleceu. No entanto, práticas religiosas persistem, como juramentos em tribunais e siglas nas cédulas de dinheiro.

A partir da década de 1980, grupos políticos religiosos cresceram, especialmente entre evangélicos e pentecostais. A Direita Cristã ganhou força durante o governo de Ronald Reagan, que atraiu esses líderes para sua estratégia eleitoral.

Desde 2001, a indicação de juízes federais por governos republicanos priorizou critérios religiosos. Donald Trump construiu uma imagem de defensor do cristianismo, focando na "erradicação do viés anticristão". Curiosamente, as denominações cristãs perderam fiéis, mas pesquisas mostram uma estabilização e até crescimento de conversões ao catolicismo.

A discussão religiosa deve aumentar, especialmente com o papa Leão 14, norte-americano, que se opõe a algumas políticas de Trump. O vice-presidente JD Vance, convertido ao catolicismo, se envolveu em polêmicas religiosas, especialmente em relação à política contra imigrantes que contraria ensinamentos cristãos.

Questões surgem: Como a força-tarefa de Trump lidará com ações de grupos cristãos que apoiam a comunidade LGBTQIA+? Quem definirá o que é anticristão? Em uma sociedade descrita por G.K. Chesterton como uma “nação com alma de igreja”, tais temas geram polêmica e potencial de desagregação.

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