Trump deu a Lula uma chance de ouro de recuperar apoios políticos e popularidade

Donald Trump inadvertidamente proporcionou a Lula um impulso político ao assumir o papel de “inimigo externo”. Isso ajudou Lula a recuperar apoio com o slogan: “Lula quer taxar os super ricos, Bolsonaro taxa o Brasil”.

Lula combina a bandeira “pobres contra ricos” com nacionalismo, uma tática histórica usada por líderes sob pressão, como o venezuelano Hugo Chávez.

Enquanto isso, o bolsonarismo tenta desenvolver um discurso sobre “democracia”, sem sucesso. As alegações de Trump sobre censura no Brasil são consideradas falsas e irresponsáveis.

Trump divulgou uma carta que propôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, alegando déficits comerciais insustentáveis, mas o Brasil, na verdade, registrou um déficit de US$ 400 bilhões com os EUA em 15 anos.

A carta foi mal recebida pelo Itamaraty, que a devolveu. O impacto das declarações de Trump diverge da narrativa de Bolsonaro que promovia “Brasil acima de tudo”.

O ataque de Trump não altera o julgamento de Bolsonaro pela tentativa de golpe, mas pode complicar a situação do filho Eduardo Bolsonaro.

Uma moção de louvor aprovada pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara ao ataque de Trump levanta questionamentos sobre lealdade nacional. Esse ataque à agricultura e à economia brasileira resulta em prejudícios para empregos e impactos negativos nos mercados.

As pesquisas sobre o efeito do ataque de Trump em relação a Lula estão em andamento, com vasta discussão pública nas redes sociais.

Com Trump mirado no governo Lula, a situação pode ser uma oportunidade para o presidente, desde que ele não cometa erros. Segundo o professor Roberto Menezes, Lula deve unir diferentes setores da sociedade em torno do interesse nacional para capitalizar essa chance.