Trump diz que pode negociar tarifa de 50% com Lula, mas 'não agora', e volta a elogiar Bolsonaro
Trump se diz aberto a diálogo com Lula sobre tarifas e critica tratamento a Bolsonaro. O presidente brasileiro rechaça a intromissão americana no Judiciário e culpa o ex-presidente por taxa elevada.
Trump sinaliza diálogo com Lula
O presidente dos EUA, Donald Trump, manifestou interesse em conversar com Luiz Inácio Lula da Silva sobre as tarifas de 50% impostas a produtos brasileiros.
Em Washington, Trump afirmou que a conversa deve ocorrer "em algum momento, não agora". Ele elogiou o ex-presidente Jair Bolsonaro, chamando-o de "homem bom" e "honesto", e ressaltou a postura firme dele em negociações.
Trump enviou uma carta a Lula anunciando a taxação adicional a partir de 1º de agosto, justificando a medida com o processo judicial contra Bolsonaro.
Lula respondeu afirmando que é "grave" a intromissão de um presidente em outro país e pediu calma na reação. Ele mencionou a Lei da Reciprocidade como uma possível resposta.
No Espírito Santo, Lula culpou Bolsonaro e seu filho, Eduardo, pelo aumento das tarifas, enquanto Eduardo se licenciou para convencer o governo Trump a anistiar os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro no Brasil.
Trump ameaçou aumentar ainda mais as tarifas se o Brasil retaliar. Economistas, como Paul Krugman, consideraram a carta um "novo rumo" nas políticas tarifárias.
A Câmara Americana de Comércio para o Brasil relatou que as exportações brasileiras para os EUA alcançaram US$ 16,7 bilhões nos primeiros cinco meses de 2024, representando um aumento de 5% em relação ao ano anterior.
Embora Trump cite um suposto déficit comercial dos EUA com o Brasil, dados brasileiros mostram um superávit significativo. Lula reforçou que os números oficiais demonstram um superávit de US$ 410 bilhões no comércio entre os dois países nos últimos 15 anos.
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