Trump diz ter reconciliado 'para sempre' Armênia e Azerbaijão
Acordo histórico entre Armênia e Azerbaijão busca encerrar conflito territorial de décadas. Mediada por Donald Trump, a nova relação promete abrir caminho para a paz e a prosperidade na região.
Armênia e Azerbaijão concordam em encerrar um conflito territorial de décadas, anunciou o presidente dos EUA, Donald Trump, em 8 de setembro.
No evento, Trump esteve acompanhado pelo presidente azerbaijano, Ilham Aliyev, e o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinian. Todos reconhecem a mediação de Trump como digna do Prêmio Nobel da Paz.
Trump afirmou: "Comprometemo-nos a cessar todos os combates, abrir o comércio e respeitar a soberania territorial um do outro". Não se sabe se o acordo é vinculativo.
Aliyev chamou o dia de "histórico" e expressou sua intenção de promover a indicação de Trump ao Nobel. Pashinian destacou a importância da mediação de Trump e seu papel como pacificador.
O pacto inclui a criação de uma zona de trânsito que liga o Azerbaijão ao enclave de Nakhchivan, chamada de "Via Trump para a paz e a prosperidade internacionais" (TRIPP). Os EUA terão direitos de construção nessa área estratégica.
A OTAN celebrou a assinatura do acordo como um "passo significativo". Um funcionário dos EUA afirmou que a Armênia se beneficia do suporte americano, descrevendo a China, Rússia e Irã como "perdedores".
A região de Karabakh é reconhecida como parte do Azerbaijão, mas controlada por separatistas armênios por décadas. O Azerbaijão recuperou parte do enclave em uma guerra em 2020 e totalmente em 2023.
Apesar do progresso, o acordo exige que a Armênia renuncie a reclamações territoriais sobre Karabakh, algo que Pashinian está disposto a fazer, ressaltando a divisão interna no país em relação à perda da região.