Trump dribla Putin e sela a paz entre Armênia e Azerbaijão
Trump consegue um avanço inesperado na mediação de conflitos internacionais ao promover um acordo de paz entre Armênia e Azerbaijão. O entendimento estabelecido fortalece a influência americana na região do Cáucaso, desafiando a presença russa.
Donald Trump promoveu um acordo histórico nesta sexta-feira (8), com a assinatura de um pacto para acabar com três décadas de conflito entre Armênia e Azerbaijão.
O evento ocorreu na Casa Branca, onde Trump recebeu o premiê armênio Nikol Pashinyan e o presidente azeri Ilham Aliyev. O acordo visa normalizar as relações entre os dois países, com bênçãos econômicas dos EUA.
Um dos principais pontos do pacto é a criação de um corredor entre o enclave azeri de Nakhchivan e o território principal do Azerbaijão, operado por empresas americanas sob supervisão armênia. Essa questão estava em aberto desde o colapso da União Soviética em 1991.
Historicamente, a disputa entre os países gerou diversas guerras, incluindo conflitos em Nagorno-Karabakh que resultaram na morte de cerca de 50 mil pessoas desde 1992. Com a recentíssima ofensiva azeri em 2023, a Armênia perdeu controle sobre a região, e a República de Artsakh já não existe legalmente.
Para Pashinyan, a abertura americana é uma chance de distanciar-se de Moscou, enquanto a Rússia vê sua influência na região diminuir, especialmente após a invasão da Ucrânia em 2022.
Trump, ao se envolver nesta questão, coloca os Estados Unidos em uma posição privilegiada na rica região do Cáucaso. O corredor entre Nakhchivan e o Azerbaijão será chamado de Tripp (Rota Trump para Paz e Prosperidade Internacionais).
O próximo passo dos EUA é tentar incluir o Azerbaijão nos Acordos de Abraão, que buscam normalizar relações entre Israel e países muçulmanos sunitas, ampliando assim a relevância do novo compromisso.