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Trump e Gleisi, tudo a ver? Mais ou menos, mais ou menos...

Trump tenta consolidar controle sobre o Federal Reserve, gerando preocupação entre investidores sobre possíveis cortes de juros. A saída da diretora Lisa Cook pode sinalizar uma nova era de influência na política monetária americana.

Luis Stuhlberger, influente gestor brasileiro, comparou Donald Trump a Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Institucionais do Brasil, afirmando que ambos se relacionam com juros.

Na última noite, Trump se distanciou de Hoffmann ao anunciar a demissão de Lisa Cook, diretora do Federal Reserve (Fed), por fraude hipotecária. No entanto, as acusações carecem de provas.

Essa atitude de Trump é vista como uma tentativa de interferência na política de juros, algo que nem mesmo Lula fez de forma tão audaciosa. A demissão sinaliza que o futuro presidente do Fed poderá ser apenas um autoritário subordinado às ordens de Trump, comprometendo a independência do banco central americano.

Se Trump conseguir indicar um novo diretor, terá maioria no Fed e, consequentemente, maior influência sobre as decisões monetárias. Ele deseja cortes de juros já em setembro, mas isso pode ser mais perigoso do que benéfico, uma vez que os riscos inflacionários ainda persistem.

A pressão para cortes agressivos nas taxas pode levar a uma reversão rápida do apetite global ao risco, afetando o mercado de ações e o dólar. Investidores, por sua vez, permanecem cautelosos e ainda sem razão para dormir tranquilos.

Gustavo Ferreira é editor-assistente do Valor Investe e comentarista na CBN e na Globo News.

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