Trump emite decreto que proíbe entrada de estudantes estrangeiros admitidos em Harvard
Trump assina decreto para barrar entrada de estudantes estrangeiros em Harvard, alegando riscos à segurança nacional. A medida intensifica a disputa entre a administração e a prestigiosa universidade, que considera a ação ilegal e repressiva.
Presidente Donald Trump ampliou sua batalha contra Harvard com um decreto publicado em 4 de outubro, visando impedir a entrada de novos estudantes estrangeiros na universidade.
A medida afeta todos os novos alunos internacionais que tentarem ingressar em Harvard, alegando que isso pode colocar em risco a segurança nacional.
Trump escreveu que permitir a entrada de estudantes estrangeiros tornaria Harvard um "destino inadequado" e aplicou brechas para permitir a entrada de estudantes que "beneficiem o interesse nacional".
Para alunos já matriculados, o Secretário de Estado Marco Rubio decidirá sobre a revogação dos vistos.
O decreto possui validade de seis meses e será reavaliado em 90 dias.
Harvard contestou a medida, chamando-a de represália ilegal e reafirmando seu compromisso em proteger estudantes internacionais.
A disputa entre Harvard e a administração Trump se intensificou, com um tribunal federal impedindo recentemente o bloqueio de estudantes internacionais.
O decreto de Trump invoca autoridade legal permitindo o bloqueio de estrangeiros considerado prejudicial e se insere em um contexto maior de pressão sobre Harvard, que inclui a recusa da universidade em fornecer dados sobre má conduta de estudantes.
As tensões aumentaram após o governo exigir mudanças em Harvard, acusando-a de ser um foco de liberalismo e de tolerar o antissemitismo.
Com a nova ordem, cerca de 7.000 estudantes internacionais estão diretamente afetados, representando metade das matrículas em algumas pós-graduações da instituição.
Trump concluiu que Harvard não está relatando adequadamente registros disciplinares de estudantes estrangeiros, comprometedores para a supervisão federal.
Uma nota do Departamento de Estado indicou que contas de mídia social de candidatos a vistos para Harvard serão analisadas em busca de sinais de antissemitismo.
Funcionários de Harvard afirmaram que as ações do governo criaram um ambiente de "profundo medo" entre estudantes internacionais.