Trump está travando agora uma guerra contra as bonecas?

Donald Trump e o vice-chefe de gabinete, Stephen Miller, fazem parte de uma nova perspectiva sobre o consumo excessivo de brinquedos, especificamente bonecas, mencionando as tarifas comerciais.

Durante uma reunião de gabinete, Trump previu que os preços mais altos devido às tarifas levariam as crianças a terem “duas bonecas em vez de 30”. Miller reforçou essa ideia em um evento da Casa Branca.

Pessoas de diversos espectros políticos criticaram a sugestão de redução no consumo. Trump, associado ao luxo e estilo de vida opulento, não é visto como o mensageiro apropriado para essa mensagem de austeridade.

O consumo excessivo é uma preocupação, mas o impacto das tarifas pode ser mais profundo, resultando em menos vendas e empregos, conforme destacado por democratas como o senador Bernie Sanders.

Em um momento onde bonecas, como a Barbie, estão em alta devido ao sucesso de sua adaptação cinematográfica, as tarifas podem prejudicar o setor de brinquedos. A Toy Association observou que mais de 40% das empresas americanas de brinquedos projetam fechar em função dessas novas políticas.

Miller argumentou que os pais poderiam preferir pagar mais por produtos de maior qualidade fabricados nos EUA, em vez de opções mais baratas da China, mas a ironia da mensagem de austeridade não passa despercebida.

Historicamente, presidentes como Jimmy Carter enfrentaram resistência ao pedir sacrifícios, algo que Trump pode repetir ao alienar o público com tais declarações.

A ideia de ter menos brinquedos está sendo reconsiderada por alguns pais, mas muitos argumentam que a visão de Trump é desconectada da realidade da classe trabalhadora.

Para muitos, a mensagem de austeridade parece imprópria vindo de um hiperconsumidor como Trump, em contraste com a frugalidade já conhecida de Carter.