Trump 'monta' sala de aula para eliminar funções do Departamento de Educação
Trump assina ordem executiva para reduzir funções do Departamento de Educação dos EUA. A medida busca transferir mais controle educacional para estados, embora enfrente barreiras legais e resistência pública.
Donald Trump assinou uma ordem executiva para cortar a maioria das atividades do Departamento de Educação dos EUA, cumprindo parte de sua promessa de campanha.
A cerimônia incluiu uma sala de aula montada, com Trump criticando a criação do departamento em 1979 e afirmando que os gastos em educação são excessivos em relação aos resultados internacionais.
Trump expressou o desejo de eliminar o departamento, mas destaca-se que precisa do apoio do Congresso, onde atualmente não possui a maioria.
Estados e governos locais controlam a educação fundamental e média, porém o governo federal ainda fornece financiamentos de mais de US$ 18 bilhões anuais com regras específicas. A ordem muda o enfoque sobre atletas transgêneros e congela verbas a universidades.
Trump defende que a educação seja responsabilidade dos estados, propondo uma gestão mais descentralizada. Algumas normas federais, como as que ajudam estudantes com necessidades especiais, não poderão ser alteradas apenas pela ordem executiva.
A iniciativa já começou a desmantelar programas de promoção da diversidade e proteção a alunos LGBT+, resultando em demissões no departamento, com funcionários recebendo “bonificações generosas” para deixar seus postos.
A pesquisa mostra que 55% dos americanos são contra a eliminação do departamento, inclusive 51% entre os republicanos. O apoio ao presidente caiu para 48,8% nos primeiros meses de mandato.
A proposta de desmantelamento parcial está alinhada ao Projeto 2025, que recomenda um departamento limitado à coleta de estatísticas para os estados.