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Trump muda regras eleitorais por decreto e cita Brasil como bom exemplo

Trump assina decreto que altera regras eleitorais nos EUA, destacando Brasil e Índia como modelos de segurança. Medida exige prova de cidadania para votar e gera preocupações entre grupos de direitos civis sobre possíveis exclusões.

Trump assina decreto sobre regras eleitorais nos EUA

No dia 25 de outubro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que altera as regras eleitorais do país.

O decreto menciona Brasil e Índia como exemplos positivos de segurança no registro eleitoral. Trump afirma que os EUA falham em aplicar proteções básicas, dependendo da autodeclaração de cidadania.

Uma das mudanças principais é a exigência de prova de cidadania para votar, visando combater acusações de que imigrantes ilegais poderiam ter votado.
Trump argumenta que leis federais proíbem estrangeiros de registrarem-se ou votarem, mas os estados não verificam a cidadania adequadamente.

Durante as eleições de 2024, ele e aliados alegaram que a administração Joe Biden estava registrando imigrantes ilegais. Embora dados mostrem um baixo número de tentativas de não cidadãos a votarem, pesquisa Ipsos indica que um terço dos americanos acreditava nessa possibilidade.

Segundo o Centro Brennan, em 2016, foram apenas 30 casos investigados, representando 0,0001% dos votos. Uma auditoria na Geórgia registrou 1.319 tentativas de não cidadãos para se registrar entre 2016 e 2022.

O decreto critica também a votação por correio, propondo métodos considerados mais seguros, como uso de cédulas de papel. Ele avança em relação a uma legislação em análise no Congresso que também busca exigir prova de cidadania.
Grupos de direitos civis alertam sobre o risco de exclusão de cidadãos plenos de votarem, já que cerca de 9% dos americanos em idade de votar não possuem prova de cidadania disponível.

O decreto pode intensificar a judicialização da agenda de Trump, já que a Constituição confere aos estados a autoridade sobre como conduzir eleições. A resistência do governo Trump a cumprir ordens judiciais pode levar a uma crise entre os Poderes.

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