Trump obtém 2 vitórias em 2 meses ao mediar conflitos, mas Gaza acende alerta
Trump alcança tréguas parciais em Gaza e Ucrânia, mas desafios persistem. Enquanto os conflitos mostram sinais de estagnação, as negociações complicadas revelam a fragilidade das promessas de paz.
Donald Trump assumiu a presidência dos EUA prometendo encerrar conflitos em Gaza e na Ucrânia. A menos de dois meses no cargo, conquistou tréguas parciais em ambos os casos, mas a situação é instável.
No conflito ucraniano, Trump alterou a estratégia dos EUA, buscando se aproximar do presidente Vladimir Putin e suspendendo a ajuda militar à Ucrânia. O presidente Volodymyr Zelensky aceitou um cessar-fogo de 30 dias, dependendo da aprovação de Putin.
Por sua vez, Putin aceitou um cessar-fogo parcial focado em parar ataques a instalações de energia. É a primeira vez desde a invasão da Ucrânia em 2022 que a Rússia interrompe operações. As negociações buscam um cessar-fogo completo, com ênfase em conter os embates no Mar Negro.
Putin apresentou demandas, incluindo a suspensão total da ajuda militar estrangeira e garantias de um acordo estável. Trump, em contrapartida, reiterou promessas de acordos econômicos com a Rússia, apesar das sanções em vigor.
No Oriente Médio, o premiê israelense Benjamim Netanyahu anunciou a retomada de ataques a Gaza, afirmando que o cessar-fogo havia chegado ao fim devido à recusa do Hamas em aceitar propostas de negociações. Netanyahu deixa claro que Trump apoiou a decisão.
Trump, em posts, ameaçou o Hamas e sugeriu transformar Gaza em uma área turística, uma ideia amplamente contestada. Segundo Gunther Rudzit, a equipe de Trump busca uma narrativa de vitória, mas a paz permanece distante diante das divergências entre Israel e o Hamas.